tag:blogger.com,1999:blog-57937020044341574132024-03-08T02:48:04.621-08:00Possíveis ConseqüênciasFelipe Amorimhttp://www.blogger.com/profile/17336589818233916099noreply@blogger.comBlogger7125tag:blogger.com,1999:blog-5793702004434157413.post-66371966228879566522013-06-14T10:52:00.000-07:002013-06-14T10:58:40.976-07:00A Pátria Sem Chuteiras<div style="text-align: justify;">
<span style="color: white;">Então é isso: o povo está nas ruas. Contra o quê? Passagens de ônibus? Creio que não. Ao contrário do que qualquer Arnaldo Jabor possa dizer (em conformidade com quem lhe garante o faz-me-rir), não penso que os protestos sejam fruto da falta de consciência política de uma classe média que escolheu o alvo errado. O aumento de passagens representa mais alguns centavos no bolso de quem nunca nos perguntou se concordamos com os preços, com os impostos, com a corrupção.</span></div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: white;"> Alguns centavos a mais não deveriam ser percebidos assim tão próximo da Copa das Confederações, afinal brasileiro só se importa com futebol... É, parece que as coisas mudaram. Nós nos importamos com quem fez o gol no domingo, mas também queremos saber porque a fatia do bolo que nos cabe sempre vem com uma mordida do PT ou do PSDB. Queremos mais de quem nos governa e não acreditamos no que diz a antiga mídia. Roberto Marinho, o Cidadão Kane tupiniquim, já se foi. E, antes dele, se foi a força de uma imprensa outrora inquestionável. Todos temos nossas próprias câmeras e somos os novos repórteres.</span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: white;"> Sempre fui e continuarei sendo muito crítico em relação ao conformismo habitual do brasileiro, mas fico feliz de ver que começamos a pensar e agir um pouco mais. Aqui em Belo Horizonte a prefeitura faz festa pra comemorar o evento futebolístico que se aproxima. Mas a maioria das pessoas com as quais eu converso (e eu converso muito!) tem uma visão bastante crítica sobre tudo isso. Taxistas, comerciantes, estudantes... Todos tem algo a dizer que vai além da preocupação com o preparo psicológico do Neymar para o próximo jogo. </span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: white;"> A internet espalha bobagens, mas também nos leva à informação. Basta procurar. E ela é, certamente, o veículo a ser consultado antes de formarmos nossa opinião sobre um determinado acontecimento político. Podemos consultar mais de uma fonte e assistir vídeos amadores (muitas vezes mais confiáveis do que a fonte oficial) dos conflitos e protestos. Podemos também nos posicionar contra ou a favor do acontecimento em debate e, consequentemente, entender um pouco mais sobre o outro lado.</span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: white;"> Quando eu era um pouco mais jovem (nem tão jovem assim) participei de uma manifestação malsucedida contra aumento de passagens. Na época, uma reportagem que classificou o protesto como "vandalismo" foi plenamente aceita pela maioria da população. Nem todo mundo tinha acesso ao YouTube. A informação que hoje circula no plano virtual é, no mínimo, mais ampla.</span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: white;"> Sinceramente, sou a favor do caos. Vamos brigar, incomodar, reclamar. Desse caos há de surgir um mundo de novas idéias e possibilidades. Afinal de contas, não é bonito dizer que a Revolução Francesa foi um marco? Precisamos de pequenas revoluções, de brigar pelo que acreditamos (mesmo se não estivermos com a razão).</span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: white;"> Um recado aos jornalistas da mídia caduca: vocês não são tão influentes quanto pensavam. E um recado para o governo (este e os próximos): não pense que qualquer bola na rede nos faz esquecer que temos direitos.</span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: white;"> A Copa das Confederações tá quase começando e isso me deixa ansioso. Ansioso pra ver quem mais vai se levantar e reclamar. Acho que vou até fazer uma música sobre isso. Vou escrever aqui no blog também. Mas se o Neymar colocar a bola na rede, também vou gritar "gooollll!!"</span></div>
</div>
Felipe Amorimhttp://www.blogger.com/profile/17336589818233916099noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5793702004434157413.post-23925086130659190062012-12-12T04:52:00.001-08:002012-12-13T08:24:09.811-08:00Jack Bauer<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white;"> Gosto de revirar as gavetas da minha memória para tentar encontrar alguma idéia útil ou mesmo para dar umas boas risadas. Desde que iniciei o meu trabalho n'Os Possíveis essas boas lembranças estão se acumulando. Acabo de me recordar das gravações em Barbacena e li novamente um e-mail que escrevi para os caras da banda.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white;"> Em maio de 2012 estávamos no processo de gravação dos baixos e violões para nosso álbum (que foi lançado no começo de dezembro) e alguns fatos interessantes estavam acontecendo. Foi a primeira vez que todos os músicos da banda se encontraram, pois fizemos a pré-produção das músicas à distância, através de gravações enviadas por e-mail. Alex e Arthur nem se conheciam, salvo por algumas conversas via internet.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white;"> Eu morava no apartamento do Alex e saímos bem cedo de Belo Horizonte com destino à Barbacena, onde registraríamos o som de nossos violões. Lá encontramos Humberto, Arthur e Oliver (o cara que nos trouxe interpretações magníficas de baixo, além de memoráveis imitações e situações cômicas). Já no estúdio, conhecemos Pitágoras, um sujeito muito gente boa que trabalhou por várias horas com Os Possíveis, sacrificando quase todo o dia de seu aniversário.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white;"> Para colocar a cereja no bolo das aventuras possíveis, encontramos em Barbacena uma Kombi branca e vermelha, idêntica ao modelo que Alex escolheu como símbolo da banda. Foi a primeira vez que vi uma dessas. E logo no primeiro encontro de todos os integrantes. Voltaríamos a encontrar outra Kombi exatamente igual no dia em que fizemos o show de estréia, em Juiz de Fora. Há quem diga que são sinais ou indícios de que algo está por acontecer. Como sempre tem "algo por acontecer", prefiro apenas pensar que são pequenas coincidências que o cotidiano nos proporciona, mas que nem sempre temos olhos pra enxergar.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white;"> Interessante foi perceber a quantidade de situações marcantes que ocorreram em apenas 24 horas, o que me levou a escrever para todos da banda. Decidi reproduzir aqui todo o conteúdo do e-mail, que foi enviado em 27 de maio de 2012:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white;">"<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"><i>Ontem, precisamente às 4:47 hs, eu dei uma bicuda na porta do Alex Brasil e disse: acorda, cabôco!! E pegamos a estrada... Hoje, precisamente às 4:48, entramos em casa... Nessas modestas 24 horas e 1 minuto, gravamos violões e baixos, encontramos a Kombi d'Os Possíveis, nos divertimos com as bobagens e piadas de sempre, ouvimos as gravações e ainda tivemos tempo pra comemorar o aniversário de um cara muito bacana que a maioria de nós ainda nem conhecia... Nem Jack Bauer viveu tantas emoções em apenas 24 horas.</i></span></span></div>
<div style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="background-color: black; color: white;"><i><br /></i></span></div>
<div style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="background-color: black; color: white;"><i>Obrigado a todos por mais essa experiência musical... Trabalhar com vocês é fácil e produtivo...</i></span></div>
<div style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="background-color: black; color: white;"><i><br /></i></span></div>
<div style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="background-color: black; color: white;"><i>Abraços possíveis,</i></span></div>
<div style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="background-color: black; color: white;"><i><br /></i></span></div>
<div style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="background-color: black; color: white;"><i>Felipe Amorim</i></span></div>
<div style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="background-color: black; color: white;"><i><br /></i></span></div>
<div style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="background-color: black; color: white;"><i><br /></i></span></div>
<div style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="background-color: black; color: white;"><i><br /></i></span></div>
<div style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="background-color: black; color: white;"><i>P.S.: Arthur, passa o contato do Pitágoras pra gente... Quero enviar um e-mail de agradecimento...</i>"</span></div>
<div style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="background-color: black; color: white;"><br /></span></div>
<div style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="background-color: black; color: white;"><br /></span></div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white;"> <span style="font-family: inherit;">Certamente foi um dia pra ser lembrado e que, pelo menos pra mim, ficou imortalizado neste pequeno fragmento digital que acabo de reproduzir. Isso me faz recordar das infinitas conversas com Anderson e Humberto (que continuarão na pauta deste blog). Pois é, meus amigos, acho que estamos sempre na busca pelos elementos intangíveis da música... e da vida.</span></span></div>
<div style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<br /></div>
</div>
Felipe Amorimhttp://www.blogger.com/profile/17336589818233916099noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5793702004434157413.post-962597255109160162012-10-04T21:31:00.000-07:002012-10-08T18:48:02.237-07:00O Feijão e o Sonho<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
É fato que as
crianças são sonhadoras e os adultos são realistas. Na vida adulta devemos nos
preocupar com as questões mais urgentes (pagar o aluguel, cobrar uma dívida,
enviar um e-mail pro chefe, consertar o chuveiro...) e deixar em segundo plano
as ditas “pequenas coisas”. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Mas será
possível conciliar aqueles simples desejos infantis com o mundo de gente
grande? Eu me esforço para acreditar que sim. Quando criança, costumava pensar:
“os adultos são mesmo muito bobos, pois eles têm dinheiro e ficam gastando com
várias coisas chatas, ao invés de comprar bombons. Se eu tivesse dinheiro...”
Para me manter coerente com meus pensamentos dessa época, tomei uma atitude
peculiar: ao receber meu primeiro salário, comprei uma caixa de bombons.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
E o que pode
ser feito no dia-a-dia para que não nos tornemos tão caretas e velhos com o
passar dos anos? Acho que cultivar os sonhos é muito importante. Mesmo que eles
se distanciem da idéia original. Aprendi que devemos deixar de sonhar e passar
a ter projetos, pois isso sim é realidade. Colocar no papel tudo o que queremos
e traçar metas claras e objetivas, descobrir um caminho para a concretização do
que se passa na nossa cabeça. Mesmo que isso signifique mudar de cidade, sair
de um emprego, terminar um relacionamento, encarar uma verdade que fingimos não
enxergar.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Foi assim que
conduzi minha vida até então. Transformei minhas vontades em projetos com
começo, meio e fim. Abri mão de estar perto dos grandes amigos e da família,
mudei de cidade, explorei novas possibilidades profissionais e venci a maior
parte dos meus medos. Tudo isso construído de maneira extremamente racional e
sobre uma sólida base de ceticismo. Aprendi a duvidar e questionar sempre.
Constatei que a maioria das situações está contra a nossa vontade. Mas pode ser
que a maioria das pessoas queira nos ajudar, basta ficar atento e observar quem
está por perto.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Com a
inevitável invasão da realidade em nossas vidas, entramos em conflito com
nossas metas mais antigas, pois precisamos daquele dinheirinho pra comprar o
feijão. O universo do trabalho nos consome e nos torna menos sonhadores.
Devemos comprar o feijão de hoje e o de amanhã... E o de depois de amanhã...
Assim, não sobra muito tempo pra filosofar sobre a vida ideal ou sobre como
tudo parece mais belo nos filmes da Disney.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Quando eu
tinha quatorze anos, decidi que queria aprender a tocar bateria e viver de
música. Esse era o sonho. E, para que não faltasse o feijão, acabou virando
projeto. Ou seja, não bastava subir no palco, era preciso dar aulas, fazer
gravações, escrever partituras, ensaiar (muito!!), estudar (todos os dias),
freqüentar reuniões, debater com empresários e produtores, administrar o ego (o
meu e o dos outros), encarar rotinas de até doze horas diárias de trabalho,
perder o sono, ganhar olheiras. Tudo isso e mais um pouco.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Assim, aprendi
a viver no mundo adulto e me acostumei com a falta de poesia no cotidiano. Até
que uma conversa com meu grande amigo Humberto (um sujeito mais cético do que
eu, diga-se de passagem) me trouxe uma nova visão desse eterno conflito do
mundo real. Num longo diálogo telefônico, em meio a um assunto que envolvia
trabalho e planos concretos sobre um futuro próximo, ele disse: “Cara, espera
um pouco... Você viu a lua hoje?” Imediatamente retruquei: “Que papo é esse? Tô
aqui falando coisa séria e você me vem com esse lance de olhar pra lua? Logo
você, o admirador da ciência e defensor do racionalismo?” Do outro lado da
linha, vinha a resposta: “Tô falando sério... Olha a lua aí... Não é ela que é
muito grande, nós é que somos pequenos demais... Pensa nisso. E vê se lembra
que você só tem projetos porque um dia teve um sonho.”</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Parecia
conversa de universitário bicho-grilo em acampamento, mas resolvi refletir uns
dias sobre isso. Realmente, somos muito pequenos. Tão pequenos, que muitas
vezes nossos problemas são maiores que nós e acabam nos vencendo. E daí? Nem
sempre o artilheiro faz um gol, nem sempre a Ferrari ganha a corrida, nem
sempre conquistamos nossos objetivos. Quando o projeto falha, pode ser um bom
momento pra voltar a sonhar. E quando tudo está dando certo, é bom lembrar que
começou com uma idéia quase ingênua, um delírio infantil. Como uma criança
desejando bombons.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Os sonhos
jamais devem sair da lista de tarefas do dia. Só não podemos esquecer de
guardar aquele trocado pra comprar o feijão.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="text-indent: 35.4pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right; text-indent: 35.4pt;">
<i style="text-indent: 35.4pt;">(texto originalmente publicado em algum blog de pouca relevância)</i></div>
Felipe Amorimhttp://www.blogger.com/profile/17336589818233916099noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5793702004434157413.post-73718547397267885722012-07-19T08:55:00.003-07:002012-07-24T16:50:14.985-07:00Sertanejo Universitário? Não, Obrigado...<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Muita gente me
pergunta o que acho do chamado “sertanejo universitário”. Confesso que, às
vezes, evito o assunto. Talvez por conhecer muitos músicos que prestam serviço
para a indústria que fabrica o gênero em questão. São meus colegas de trabalho
e admiro a dedicação e o talento deles. Mas... quer saber? Não gosto de
“sertanejo universitário”... Quer saber mais? Acho muito ruim... No bom
português: desprezível. Com a permissão de abusar da vulgaridade: um lixo.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Se
critiquei, devo me explicar (será?). Durante anos, passei os fins de semana no
sítio de um tio que escutava sertanejo de raiz. Aquelas músicas executadas por
violeiros e cantores do sertão. Isso mesmo, sertanejos do sertão... Por mais
estranho que possa parecer, esse tipo de música era feito no sertão mesmo. Sou
a favor da modernização (adoro releituras de Beatles, peças eruditas tocadas na
guitarra e afins), mas com o passar do tempo o rótulo “sertanejo” passou a
englobar o pop romântico (era assim que as gravadoras classificavam o estilo das
duplas com nomes fictícios que dominaram os anos 80 e 90) e foi ganhando
contornos cada vez mais urbanos, seguido de uma simplificação artística que
culminou na sua derivação mais moderna, sob o subtítulo de “universitário”.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Se
considerarmos a expressão tal como foi concebida, estamos falando de canções
produzidas e consumidas pela elite cultural de nosso país, os estudantes das
nossas universidades (renomadas ou não). Sinceramente, eu esperava mais...
Esperava que nossos universitários fossem, no mínimo, capazes de escolher o que
escutam, ao invés de abraçar a efemeridade de uma moda que nem sequer faz
questão de parecer elaborada. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não
pretendo sofrer de saudosismo de épocas que não vivi, enaltecendo as canções
politicamente engajadas da contestadora MPB dos anos 60 e 70, entoadas pelos
universitários de outrora. Acredito que a música evolui e que hoje temos mais
ferramentas para produzir arte de qualidade. O que não consigo admitir é a
quantidade absurda de hits com refrão pré-mastigado oriundos de um único estilo
de música. Será que as rádios não têm outra coisa pra tocar? Será que os
compositores brasileiros estão de férias? Será que os consumidores de música no
nosso país estão precisando reciclar seus ouvidos?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A
internet nos fornece toda a parafernália de busca e pesquisa para encontrarmos
músicas de todos os gêneros. Apesar disso, a preguiça intelectual ganha espaço
na era da informação. É mais fácil digerir mais uma música que repete a fórmula
cansada de um gênero mimético do que tentar descobrir algo diferente.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Pra
não ser (ainda mais) chato, vou tecer meus comentários considerando somente o
universo das músicas sem conteúdo político-social, voltadas para o
entretenimento imediato (trocando em miúdos: feitas para balançar o esqueleto e
tomar uns goles de álcool). O pop-rock nacional é repleto de boas músicas com o
único intuito de divertir o ouvinte, assim como o samba, o soul, a MPB... No
entanto, parece que o Brasil atual só tem ouvidos para o mesmo tipo de som,
feito pelos mesmos compositores, chorando as mesmas dores de um amor não
correspondido ou convocando (com considerável êxito) o público feminino a
exercer sua faceta de parcela submissa dos ritos sociais, tendo como único
atrativo a sexualidade primitiva, desprovida de qualquer vestígio de mistério
ou poesia.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Estou
cansado de ser recebido com a mesma trilha sonora em quase todos os ambientes.
Os donos de bares, pizzarias, restaurantes e casas noturnas já nem perguntam se
as pessoas querem algo novo, afinal quem não gosta de sertanejo universitário?
EU NÃO GOSTO! Proprietários de estabelecimentos comerciais: troquem o CD de vez
em quando. Radialistas: surpreendam-nos com boas sugestões musicais. Ouvintes:
pesquisem o que há de diferente no mercado fonográfico.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Deixo
um pedido especial aos meus colegas músicos: vamos produzir! Quando busco
refúgio para meus ouvidos nos pubs de rock, ouço grandes interpretações... de músicas
do passado! Cadê o rock autoral? Sem novidade, os circuitinhos fechados de pubs
(como temos em BH) se restringirão ao papel de nota de rodapé nas páginas da
história cultural do país, perdendo o direito de fazer parte de movimentos
artísticos maiores e (quem sabe?) mais lucrativos. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Aos
representantes do estilo que aqui critico, registro meus parabéns pela
determinação ao se estruturarem administrativamente e cooperarem uns com os
outros pelo fortalecimento do gênero. Não desejo a decadência de um ramo da
música, espero apenas que exista mais produtividade dos demais artistas e mais
vontade do público em geral para sair do ostracismo intelectual da música
enlatada.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Estou
tentando fazer a minha parte... Não acredito que a qualidade musical deva se
restringir a ciclos como o meio erudito ou os festivais de jazz. Penso que a
cultura de massa pode e deve gerar novas idéias e novos sons. Faço questão de
não emprestar minha mão-de-obra para a consolidação de algo que abomino.
Respeito os que tocam “qualquer coisa” pra manter as contas em dia e torço para
que nós (músicos/instrumentistas) possamos conseguir mais do que apenas
sobreviver.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Em breve, darei minha contribuição...
Receberei elogios e críticas de braços abertos quando, enfim, colocar minhas
músicas no mercado. E peço mais uma vez aos colegas que façam o mesmo, gravando
sua obra e ocupando um pedacinho do disputado espaço artístico brasileiro, hoje
repleto de adereços pseudo-rurais. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Espero
que num futuro (muito) próximo, a crescente “bundalização” da nossa cultura dê
alguma brecha para a novidade. Vamos aguçar os ouvidos e exigir um pouco mais
de inteligência nos versos e melodias (ainda que despretensiosos) de cada
refrão que nos propusermos a repetir. É possível escapar do pensamento óbvio e
da repetição desnecessária. Como eu já disse (em verso e melodia): “Grite,
cante e dance/Mas fique fora de alcance.”</div>Felipe Amorimhttp://www.blogger.com/profile/17336589818233916099noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-5793702004434157413.post-15676172539579653482012-06-23T11:24:00.000-07:002012-06-23T11:39:03.440-07:00Quem Tem Medo do Black Sabbath?<span style="background-color: black; color: white;"><br /></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black;"><span style="border: 1pt none windowtext; font-size: 9pt; padding: 0cm;">O rock and roll já
foi símbolo de rebeldia juvenil (nos seus primórdios), contestação
político-social (anos 60 e 70) ou até mesmo de manifestação de “forças
ocultas”. Essa última vertente pode ser atestada pelas letras e pelo visual de
bandas de heavy metal e subdivisões do estilo. Mas também em declarações
públicas de alguns artistas, incluindo o lendário John Lennon e o pai do rock
brasileiro, Raul Seixas.</span><span style="font-family: 'Comic Sans MS'; font-size: 8.5pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black;"><span style="border: 1pt none windowtext; font-size: 9pt; padding: 0cm;">Muitas vezes, essas
declarações não passam de um recurso quase cômico que os artistas utilizam para
chocar setores conservadores da sociedade que se incomodam com frases como: “o
diabo é o pai do rock” ou “fizemos um pacto com o demônio para alcançar o
sucesso”. O fato é que os roqueiros assustam muita gente... Ou melhor,
assustavam. Nos tempos modernos, o rock não é uma expressão artística oposta à
cultura padrão, tornou-se parte da mesma.</span><span style="font-family: 'Comic Sans MS'; font-size: 8.5pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black;"><span style="border: 1pt none windowtext; font-size: 9pt; padding: 0cm;">Elementos
normalmente associados ao rock, como guitarras e jaquetas de couro, têm se
tornado comuns no universo da publicidade. Digo isso sem embasamento
estatístico, apenas por ter notado a quantidade de outdoors com tais elementos.
Dou como exemplo um anúncio de um grande shopping de Belo Horizonte que
apresentava um rapaz com um respeitável cabelo black power (no melhor estilo Jimi
Hendrix) empunhando um baixo (se não me engano, um modelo Jazz Bass da Fender).</span><span style="font-family: 'Comic Sans MS'; font-size: 8.5pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black;"><span style="border: 1pt none windowtext; font-size: 9pt; padding: 0cm;">As expressivas
vendas e a crescente popularidade dos jogos</span><span style="font-size: 9pt;"> </span><i><span style="border: 1pt none windowtext; font-size: 9pt; padding: 0cm;">Guitar Hero</span></i><span style="font-size: 9pt;"> </span><span style="border: 1pt none windowtext; font-size: 9pt; padding: 0cm;">e</span><span style="font-size: 9pt;"> </span><i><span style="border: 1pt none windowtext; font-size: 9pt; padding: 0cm;">Rock
Band</span></i><span style="border: 1pt none windowtext; font-size: 9pt; padding: 0cm;">,
estão levando para os lares (conservadores ou não) do mundo todo uma avalanche
de riffs para serem consumidos e repetidos por novos e antigos admiradores da
boa e velha guitarra distorcida. Esses jogos estão disponíveis em diversas
plataformas, incluindo os vídeo-games voltados para toda família. Com isso,
alguns riffs bem velhinhos ganharam vida nova no imaginário da juventude atual,
anexando à cultura pop bandas que antes representavam o seu oposto.</span><span style="font-family: 'Comic Sans MS'; font-size: 8.5pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black;"><span style="border: 1pt none windowtext; font-size: 9pt; padding: 0cm;">O
rebelde-drogado-louco-suicida Kurt Cobain é hoje um personagem disponível nos
novos games onde ele canta o que você quiser (até Bon Jovi!!) e pode assim
freqüentar com total aceitação lares onde o Nirvana jamais pisou sem prévia
autorização dos pais.</span><span style="font-family: 'Comic Sans MS'; font-size: 8.5pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black;"><span style="border: 1pt none windowtext; font-size: 9pt; padding: 0cm;">No começo de minha
vida profissional, trabalhei com uma banda que se apresentaria em casas de show
destinadas a um público pop. Durante a escolha do repertório, tentei ser ousado
sugerindo a música</span><span style="font-size: 9pt;"> </span><i><span style="border: 1pt none windowtext; font-size: 9pt; padding: 0cm;">Paranoid</span></i><span style="border: 1pt none windowtext; font-size: 9pt; padding: 0cm;">, de autoria do
Black Sabbath. O guitarrista, mais experiente que eu, alertou: “Certa vez,
tocamos esse riff em uma festa high society e uma menina chorou de medo na
platéia”. Tudo bem, a garota em questão pode ser um pouco exagerada, mas a
verdade é que Ozzy Osbourne e cia. realmente assustavam muitos ouvintes
despreparados. Hoje, Ozzy é uma figura totalmente ambientada à mídia
internacional. Seus adereços e comportamento bizarros foram levados para o
nível do humor no seriado</span><span style="font-size: 9pt;"> </span><i><span style="border: 1pt none windowtext; font-size: 9pt; padding: 0cm;">The Osbournes</span></i><span style="border: 1pt none windowtext; font-size: 9pt; padding: 0cm;">, maior sucesso de
audiência na história da MTV americana. Recentemente, ao apresentar a música</span><span style="font-size: 9pt;"> </span><i><span style="border: 1pt none windowtext; font-size: 9pt; padding: 0cm;">Iron
Man</span></i><span style="font-size: 9pt;"> </span><span style="border: 1pt none windowtext; font-size: 9pt; padding: 0cm;">para uma aluna pré-adolescente, me
surpreendi ao saber que ela já a conhecia e não tinha medo, obviamente...</span><span style="font-family: 'Comic Sans MS'; font-size: 8.5pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black;"><span style="border: 1pt none windowtext; font-size: 9pt; padding: 0cm;">O Black Sabbath não
apavora crianças e o rock não é inimigo dos adultos na batalha pela educação de
seus filhos. Teria o rock and roll perdido sua força contestadora e sua fúria
original? Acho que não... A inserção dos tradicionais roqueiros na nova cultura
pop global pode e deve ser vista com bons olhos pelos fãs do gênero musical em
questão. Hoje, a mídia encara sem preconceito os músicos “cabeludos e
esquisitos” e a arte produzida por eles.</span><span style="font-family: 'Comic Sans MS'; font-size: 8.5pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black;"><span style="border: 1pt none windowtext; font-size: 9pt; padding: 0cm;">Nada melhor do que
fazer parte do sistema para poder questioná-lo e moldá-lo para uma realidade
mais ampla. O rock and roll ganhou força e tende a crescer como arte,
entretenimento e ideologia. Agora só depende das bandas que estão surgindo.
Esperamos que </span><span style="font-size: 9pt; line-height: 13.5pt; text-indent: 35.4pt;">elas tenham a capacidade de produzir “clássicos” para seus filhos
tocarem em palcos virtuais nos vídeo-games do futuro.</span></span><br />
<span style="background-color: black; font-size: 9pt; line-height: 13.5pt; text-indent: 35.4pt;"><br /></span><br />
<i><span style="background-color: black;"><span style="font-size: 12px; line-height: 13.5pt; text-indent: 35.4pt;">(Texto originalmente p</span><span style="font-size: 12px; line-height: 13.5pt; text-indent: 35.4pt;">ublicado em dezembro de 200</span><span style="font-size: 12px; line-height: 13.5pt; text-indent: 35.4pt;">9)</span></span></i></div>Felipe Amorimhttp://www.blogger.com/profile/17336589818233916099noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5793702004434157413.post-64971607179383317552012-06-11T21:54:00.001-07:002012-06-17T21:02:07.138-07:00Ação e Reação<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Muito do que
fazemos está diretamente relacionado a uma expectativa de resultados. Dedicar nosso precioso tempo a um projeto,
uma idéia ou uma pessoa pode ser frustrante ou gratificante. Tenho pensado
muito em como administrar meu tempo para trabalhar bastante sem parar de
estudar e, se possível, encontrar os amigos (muitos deles distantes) com uma
frequência razoavelmente satisfatória. Nesse processo, acabei redescobrindo que
a profissão de músico é mais do que executar tarefas, requer envolvimento total
e equilíbrio entre intuição e racionalidade.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Mas isso vale
pra qualquer profissão. Na verdade, vale quando o profissional realmente se interessa
pelo que faz. Costumo dizer que um grande problema da sociedade moderna é o
excesso de profissionais (qualificados ou não) exercendo funções pelas quais
alimentam um desprezo maior do que qualquer retorno obtido em suas atividades.
No mundo ideal, o policial seria o sujeito que quer (de fato) prender o
criminoso, o político seria interessado em renovar a estrutura social do país,
o advogado estaria em busca de justiça.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Sabemos que
não estamos no mundo ideal. Mas devemos buscar os resultados mais próximos dos
nossos ideais, tendo consciência de que nossos atos geram conseqüências. Assim
como na física moderna a busca pelos elétrons nos dá “possibilidades” ao invés
de localização precisa, a busca pelos ideais certamente gera resultados, mas
são possibilidades tão diversas que podem culminar numa derrota lamentável ou
numa inesperada conquista.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Tenho visto
muitas pessoas de extrema capacidade e conhecimento que não têm coragem para
buscar a concretização de seus sonhos por medo das conseqüências (possivelmente)
negativas... Mas será que os resultados de nossas ações podem nos surpreender
positivamente? É possível... Possível, mas também improvável... Considerando
que pode dar errado, é aceitável nos recolhermos a uma rotina livre de riscos e
novas ambições. E nem sempre é socialmente aceitável fazer algo diferente ou
arriscar uma idéia fora do convencional.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
A situação se torna
mais inquietante quando percebemos que boa parte do que desejamos está ao nosso
alcance. Um telefonema ou um e-mail
podem ser o princípio de uma realização pessoal, profissional ou seja lá o que
for. Por medo, preguiça ou insegurança,
deixamos de evoluir como seres humanos, de adquirir conhecimento, de mudar de
emprego (ou crescer na carreira), de rever amigos, de viajar...</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Todos podemos
fazer mais e, principalmente, nos tornarmos algo melhor. É o que tenho dito pra
mim e pros meus amigos: “Seja mais!” Se você sabe até onde quer chegar, não
pare antes do destino. Nas palavras do meu amigo Matheus: “Não pare no meio da
pista, o caminho da volta é o mesmo que falta”. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Acredito que
só tenho essa vida e que ela é suficiente para realizar meus propósitos. Gosto
do que faço e tento ser um pouco melhor sempre que tenho oportunidade de
aprender. Creio que posso percorrer um
caminho que, ainda que longo e cansativo, pode me levar ao que desejo... Ou posso
criar outro caminho quando as tentativas se esgotarem. Como disse Bob Dylan: “Quando você não tem
nada, não tem nada a perder”... Sendo assim, prefiro a incerteza de me arriscar
nas minhas ambições artísticas do que o conforto cotidiano alimentado pelo pão
cansado de cada dia e pelo circo de piadas repetidas. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Estamos
cercados de opções para viver um fracasso precoce ou para seguir adiante. A
escolha é simples, mas implica em sair da segurança psicológica do que já
sabemos e mergulhar na aventura imprevisível do desconhecido. Não abro mão de
repetir o que se tornou meu lema: “É possível!” Vamos fazer o que for possível
e receber de braços abertos as possíveis conseqüências de nossos atos. </div>Felipe Amorimhttp://www.blogger.com/profile/17336589818233916099noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-5793702004434157413.post-16463474637858784772012-06-11T21:50:00.002-07:002013-01-07T10:00:05.462-08:00Agora Vai!<br />
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Depois de anos escrevendo letras
e poemas, resolvi transformá-los em música... O resultado será do conhecimento
de todos em breve... Isso me levou a querer publicar também meus textos há
tanto tempo engavetados. Vários amigos insistiram para que eu fizesse um blog e
resolvi ceder. Mais do que isso, resolvi escrever ainda mais e publicar tudo...
Valeu pelo incentivo, meus queridos... Agora vai!! </div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Muitos de meus amigos e colegas não sabem que
encontro imenso prazer na escrita, chegando a superar minha já conhecida paixão
por tocar bateria. Com uma diferença básica: não me cobro tanto quando o
assunto é escrever, pois não sou escritor profissional. Isso deve contribuir
para alimentar minha vontade de esboçar palavras sobre qualquer assunto, com a permissão de pequenos deslizes no que
se refere a qualidade da forma literária...</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Sem mais papo-furado, começo aqui
meu blog... A periodicidade não será uma regra... Escreverei sempre que sentir
vontade e somente se houver algo interessante a dizer...</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Deixo alguns recados para melhor
compreensão dos textos:</div>
<div class="MsoNormal">
1) Uso mais reticências do que deveria... Me parece que elas
trazem um pouco de respiração e reflexão... Mas acabaram se tornando um
hábito... E tem mais... ponto final é um porre!</div>
<div class="MsoNormal">
2) Não sigo as novas regras gramaticais... Mal as conheço...
Minhas idéias têm acento... hehehe</div>
Felipe Amorimhttp://www.blogger.com/profile/17336589818233916099noreply@blogger.com3